-
Arquitetos: BKK Architects
- Área: 205 m²
- Ano: 2014
-
Fotografias:Shannon McGrath, Hillary Walker
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto traz a ideia de proporcionar um estilo de vida flexível, altamente sustentável, que responda ao contexto e seja capaz de adaptar-se às novas necessidades de uma família durante um longo período de tempo.
A primeira casa de boneca conhecida, originalmente chamada de "casa baby", em 1557, constituía-se de uma vitrine para os artesãos e criadores locais mostrarem seus produtos.
As Casas de Boneca tornaram-se, mais tarde, um brinquedo para as crianças; um espaço de imaginação. Ideias compartilhadas de criatividade, trabalho artesanal, brincadeiras e imaginação apoiam o projeto dessa residência, ao mesmo tempo que espelham a flexibilidade da Casa de Bonecas onde um dormitório pode rapidamente tornar-se uma sala de estar ou jantar simplesmente ao mover-se o mobiliário ou as marcenarias.
A nova adição é em grande parte composta de dois espaços empilhados, sem portas ou paredes, apenas com móveis e marcenaria dividindo os espaços e implicando seus usos. Os dois níveis da casa são tratados distintamente; o menor afundado e fortemente ligado ao solo, ao passo que o superior sobe para o topo das árvores. A nova adição libera a planta da antiga casa onde as áreas de estar e de jantar tornaram-se um espaço flexível com um estúdio de artista e uma sala de jogos que inserem a criatividade e as brincadeira no centro da casa.
Há uma referência nostálgica ao desenho simples infantil de uma casa em sua forma mais básica, com fumaça saindo da chaminé, um lugar de felicidade e satisfação. A fachada é baseada nos créditos do programa infantil Playschool onde cada janela é diferente e oferece um portal para outro mundo. O espaço interno da casa pode ser completamente aberto e estendido para além da paisagem. Materiais foram cuidadosamente escolhidos pela sua capacidade de demonstrar um nível de ofício; desde grandes vigas de madeira expostas até telhas de grandes dimensões vigas de madeira expostas a telhas pintadas à mão pelo proprietário.
Sustentavelmente a casa é repensada a partir dos primeiros princípios; transformando um bangalô de madeira com pouco isolamento térmico numa residência com bom desempenho. A casa está reorientada para o norte e emprega: aberturas solares eficientes, uma envoltória altamente selada, massa térmica, materiais de baixo nível de compostos orgânicos voláteis e excelente ventilação cruzada.
A iluminação foi projetada para a casa e utiliza LED de baixo consumo energético, material totalmente integrado ao restante da construção. As listras da fachada remetem a zebras, o único animal equino a viver nas savanas. Quando capturado por imagens térmicas, as listras da zebra mostram grande diferencial de temperatura entre as cores, criando pequenas correntes de ar através de seus corpos.
O paisagismo é prático e tolerante à seca, com o reuso das águas cinzas para rega das árvores frutíferas e um reservatório subterrâneo de água pluvial para regar as verduras. Há uma combinação de flores silvestres, suculentas e espécies nativas intercaladas com plantas comestíveis e vegetais como tomates, abóboras e feijão. As duas floreiras circulares de concreto da parte frontal da casa são reservatórios de água sem a parte superior e inferior.